O crédito imobiliário é a saída mais comum para se ver livre do aluguel e finalmente conquistar a casa própria. E quando o planejamento financeiro é bem elaborado, não só as parcelas cabem com folga no orçamento como ainda é possível juntar algum capital de olho na quitação de financiamento.
Mas quando isso acontece e a quantia chega a um determinado valor, a dúvida sempre aparece: será que o melhor é mesmo fazer a quitação de financiamento ou aplicar o dinheiro em outro tipo de investimento?
Essa é uma situação em que não há uma única resposta certa. Veja agora como chegar à melhor opção de acordo com o seu caso!
Com certeza essa não é uma decisão fácil, embora a quitação de financiamento pareça a princípio a melhor opção. Afinal, quem não quer se ver logo livre da dúvida e assumir a plena propriedade do seu imóvel?
No entanto, os especialistas alertam que vários fatores devem ser levados em conta além das condições do financiamento.
Além da taxa de juros, do valor e da quantidade de parcelas restantes, é importante analisar também prioridades e necessidades individuais e familiares, assim como o estilo de vida e o planejamento pessoal.
Para os especialistas, ficar descapitalizado para acabar com uma dívida pode não ser a melhor opção.
Em taxas de juros razoáveis, como 8% a.a., eles alertam que vale mais a pena aplicar o dinheiro, tirar os juros e pagar a parcela, porque ainda sobrará dinheiro para ser usado ou reaplicado.
Para a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), por exemplo, abrir mão da reserva financeira para a quitação de financiamento de imóvel não é uma boa opção.
O valor deve ficar bem aplicado para cobrir emergências inesperadas ou realizar outros sonhos, já que o da casa própria já foi concretizado e a dívida do financiamento pode correr tranquilamente.
antes de tomar qualquer decisão, no entanto, é preciso conhecer bem sua dívida. Afinal, os custos de um empréstimo sempre vão bem além das taxas de juros.
Para isso é preciso calcular todas as despesas e encargos que incidem sobre o seu financiamento, chegando ao Custo Efetivo Total (CET).
Para chegar ao CET some a taxa de juros contratada à TR, à taxa administrativa financeira e à tarifa anual do seguro. Com isso você encontra o valor real do custo do seu financiamento ao ano.
E essa é uma boa dica também para quem ainda vai pegar um financiamento imobiliário. Você já sabe que fazer simulações e comparações é fundamental para fazer o melhor negócio.
Mas não basta comparar taxas de juros e valor da parcela. Para ter uma ideia real de qual vale mais a pena é preciso comparar CET com CET.
O segundo passo é calcular o retorno real que a aplicação poderá proporcionar. Agora é a hora de olhar para o futuro, de fazer projeções. Dependendo da aplicação, o cálculo pode ser bem complicado.
Se for a bolsa de valores, fundos imobiliários ou qualquer outra renda variável será mais difícil conseguir uma projeção. Mas se o seu dinheiro estiver aplicado em renda fixa já não é tão difícil.
Para isso você deve calcular a rentabilidade líquida do rendimento, ou seja, o lucro efetivo da aplicação durante o período que você pretende manter o recurso aplicado já descontado o Imposto de Renda.
Pode haver casos, também, em que a quitação de financiamento não é a melhor opção. Se você não quer ficar totalmente descapitalizado, uma boa ideia pode ser utilizar o dinheiro para reduzir o valor das parcelas, tornando-as mais leves no orçamento, ou reduzir o número de prestações diminuindo o saldo devedor.
O ideal, nesse caso, é procurar o próprio banco e pedir que faça simulações para chegar à melhor conclusão. Simule, inclusive, a quantia necessária para a quitação de financiamento.
Lembre-se que nesse caso devem ser excluídos os juros que seriam pagos se o empréstimo fosse levado até o fim.
Mas vá mais além: já que você está fazendo uma antecipação, peça também um desconto. Alguns bancos costumam oferecer boa vantagens para quem decide quitar a dívida.
Com base nessas simulações e na análise das suas expectativas pessoais, estilo de vida etc, decida qual a melhor opção.
Fazer ou não a quitação de financiamento pode não ser uma decisão fácil, por isso é sempre bom contar com uma boa consultoria imobiliário.
Venha conversar com os consultores da Mirantte e tenha a melhor orientação em todas as etapas da sua jornada de compra.