A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) anunciou um aumento de 16% nas vendas de imóveis no segundo trimestre de 2019 em relação ao meso período do ano passado. A notícia demonstra um fortalecimento crescente do mercado imobiliário, mantendo a previsão da Câmara de crescimento entre 10% e 15% até o final do ano.
No total, foram vendidas 32.813 unidades, significando uma expansão de 22,9% em relação ao primeiro semestre. Na base anual, entre abril e junho os lançamentos imobiliários cresceram 11,8%, mas no semestre a alta foi de 15,4%, com 46.215 unidades, e 12,1% de alta nas vendas, ou seja, 59.521 unidades.
Considerando a média de venda dos últimos 12 meses, no final de junho o estoque de imóveis residenciais novos disponíveis para venda era suficiente para abastecer o mercado por 11,1 meses, com 111.055 unidades. No mesmo período de 2018 a previsão era de a reserva só seria esgotada em 13,1 meses.
Para a Cbic os números significam um retorno gradual ao cenário positivo, uma vez que nem todas as regiões e nichos estão conseguindo se recuperar ao mesmo tempo. Com base nesses dados, entretanto, a opinião dos especialistas é que os estoques continuarão a escoar em uma trajetória gradual e constante.
Para os especialistas a recuperação do mercado imobiliário deverá se apresentar sólida, ainda que sem uma aceleração muito significativa ainda este ano.
Para a Cbic, mesmo o anúncio da indexação do crédito imobiliário ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) anunciada pela Caixa não terá um impacto tão forte em um primeiro momento, já que representam 10% dos financiamentos já estimados para 2019.
A maior oferta de recursos, no entanto, e a concorrência entre bancos deverá fazer com que os juros caiam ainda mais, abrindo as portas do financiamento imobiliário para uma parcela maior da população.
De acordo com o Índice FipeZap, o preço médio das vendas de imóveis residenciais registrou alta de 0,40% nos últimos 12 meses, ainda abaixo da inflação prevista pelo IPCA, de 3,44% para o período.
Em agosto o preço médio ficou praticamente estável em relação a julho, com uma leve alta de 0,06%. Já o IPCA, também segundo o Índice FipeZap, fechou com alta de 0,12% no mês, praticamente o dobro.
Essa variação de 0,06% eleva o valor médio do metro quadrado para R$ 7.182 nas 50 cidades pesquisadas. Com isso, o valor médio de um apartamento considerado padrão – cerca de 65 m² e até dois dormitórios – passa a ser de R$ 466 mil.
Das capitais investigadas pelo Índice FipeZap, Vitória (ES) foi a que teve maior aumento nos valores dos imóveis (+0,68%) e Campo Grande (MS) apresentou a maior retração (-0,41%).
Ainda assim, a Cbic destaca que desde 2017 o valor dos imóveis já aumentou 8% acima da inflação.
Para os especialistas, o preço atual dos imóveis, as novas oportunidades de crédito imobiliário e a guerra acirrada entre os bancos para conseguir a conta do consumidor faz deste um bom momento para comprar imóvel.
Para quem pretende comprar imóvel como investimento em aluguel, o Índice FipeZap também tem uma boa notícia. O primeiro semestre de 2019 encerrou com uma alta nominal de 3,45% para os aluguéis residenciais, acima do IPCA do período, que ficou em 2,23%.
Assim, na comparação do aumento do Índice do FipeZap com o IPCA, houve uma alta real no valor do aluguel de 1,19%. Florianópolis (9,20%), Brasília (7,16%) e Curitiba (5,84%) foram as cidades que tiveram a maior alta nos aluguéis acumulados até agora.
É preciso ficar atento, no entanto, para saber encontrar os melhores juros. A nova linha de crédito imobiliário pelo IPCA anunciada pela Caixa oferece taxas de 2,95% até 4,95 ao ano mais a inflação. No entanto, as vantagens podem não ser tão boas quanto aparenta a princípio.
Segundo os especialistas, o modelo de crédito é vantajoso apenas em um cenário de inflação baixa, como o atual. No entanto, historicamente a economia do país é instável e a inflação sofre altos e baixos, o que acaba provocando uma imprevisibilidade na taxa de juros.
O maior perigo, portanto, está na alta da inflação, que pode acabar inviabilizando o pagamento das parcelas. Por outro lado, no modelo corrigido pela TR, os juros são mais altos, entre 8,50% a.a. e 9,75% a.a., mas é possível saber exatamente quanto será pago no próximo mês. Já pela inflação é praticamente impossível saber quanto será o índice daqui a 10, 15 ou 20 anos.
Por isso, é muito importante contar com uma boa consultoria imobiliária que mostre todas as opções e indique o melhor caminho para cada caso. Ter a opinião de um especialista pode fazer uma grande diferença na hora de encontrar os melhores juros, facilitando o pagamento das parcelas.
Na hora de comprar imóvel, pense a longo prazo e valorize seu investimento. Conte com a CAD Assessoria imobiliária e seus consultores especializados para ajudar você a fazer o melhor negócio.