Bradesco e Itaú se preparam para lançar uma nova linha de financiamento de imóvel indexada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A modalidade, no entanto, não deve ter o mesmo foco do crédito imobiliário regulado pela inflação lançado pela Caixa. Para entender melhor, saiba mais sobre o que é IPCA e para quem é voltado esse novo tipo de financiamento dos bancos privados.
Antes de mais nada, para compreender como funcionará o novo crédito imobiliário é preciso entender o que é IPCA. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo é o termômetro oficial da inflação.
Basicamente o IPCA reflete o custo de vida das famílias que ganham entre 1 e 40 salários mínimos residentes em nove regiões metropolitanas.
As coletas de dados são feitas entre o primeiro e o último dia de cada mês no Rio de Janeiro, Belo horizonte, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além dos municípios de Goiânia e Brasília.
O cálculo é feito com base em despesas como alimentação, transportes, despesas pessoais, comunicação, saúde, etc. Ao todo são nove grupos de produtos e serviços com 465 subitens que formam o que é IPCA.
Dessa forma é feito o cálculo que serve como referência para verificar se a meta estabelecida para a inflação está ou não sendo cumprida.
Tradicionalmente as linhas de crédito imobiliário usam a TR (Taxa Referencial) para corrigir as parcelas. No novo modelo, a TR, que está zerada, é substituída pelo IPCA, que se torna então o indexador dos financiamentos.
Como a inflação está baixa, os juros anuais são também mais baixos. No último Relatório de Mercado Focus, publicado em setembro, por exemplo, o Banco Central mostra que o IPCA passou de 3,45% para 3,44% – sendo que um mês antes estava a 3,65%.
Da mesma forma, caiu também a projeção para 2020, que passou de 3,85% para 3,80%. O Focus mostra ainda a expectativa para 2021, em 3,75%, e 2022, em 3,5%.
Já, a estimativa de inflação para este ano está abaixo da meta para 2019, que é de 4,25%, com margem de tolerância para cima ou para baixo de 1.5 ponto percentual. A Selic, por outro lado, deve se manter em 5%, o mais baixo índice da série histórica.
Com essas projeções, a modalidade de crédito imobiliário pelo IPCA se torna bastante atraente.
No entanto, é preciso atenção, já que um financiamento imobiliário costuma durar vários anos e as previsões de inflação podem não chegar tão longe.
Pensando nisso, Bradesco e Itaú estão criando novas linhas de crédito reguladas pelo IPCA que tocam justamente nesse ponto.
A ideia é justamente oferecer linhas de crédito imobiliário bem mais curtas do que as tradicionais corrigidas pela TR, que chegam a 30 anos.
A proposta do Bradesco, por exemplo, são financiamentos lastreados no IPCA com duração entre 5 e 10 anos, voltados para o público de média e alta renda. O nível de comprometimento da renda deve ficar em torno de 20%, a exemplo do que já acontece pela Caixa.
O Itaú ainda não deu detalhes a respeito da sua nova linha de crédito imobiliário com lastro no IPCA, mas já informou que também será mais curto e que também deverá manter o nível de comprometimento de renda em 20%.
Nenhum dos dois bancos definiu ainda a taxa dos juros pré-fixados. Na Caixa, por exemplo, os juros mínimos estão em 2,95% ao ano, frente a 8,5% dos financiamentos corrigidos pela TR.
Com os juros menores, as prestações iniciais tendem a ser entre 30% e 50% menores do que nos créditos imobiliários pela TR.
No entanto, o público alvejado por Itaú e Bradesco é diferente do da Caixa. Os bancos privados miram pessoas com maior poder aquisitivo, que não se importam tanto com prestações mais altas, mas que preferem quitar um imóvel mais caro em menos tempo.
A quitação mais rápida é também mais estratégica para o financiamento indexado pelo IPCA, já que no prazo relativamente curto há menos exposição ao risco inflacionário.
Agora que você já sabe o que é IPCA, venha conversar com um dos consultores da CAD – Assessoria Imobiliária e saiba mais sobre as novas linhas de financiamento do Itaú e do Bradesco.
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