Jovens consumidores moldam futuro do mercado imobiliário

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A chamada geração millenial, aquela que nasceu lá pelo início da década de 80 e o dos anos 2000, começa a mudar o perfil do mercado imobiliário.

Esse perfil de consumidor, que parece já ter nascido com o smartphone na mão, é hoje a grande influência para as transformações arquitetônicas cada vez mais voltadas para a sustentabilidade, integração de ambientes e tecnologia.

Pesquisa da Zap Imóveis mostra que, hoje, a maioria das buscas por imóveis feitas pela internet correspondem a pessoas entre 20 e 35 anos.

Levando-se em conta os dados do próprio Google, segundo os quais 90% de todas os negócios imobiliários começam online, esse está longe de ser um volume pequeno.

Por outro lado, a participação maciça dos jovens do mercado imobiliário têm sido incentivada, nos últimos tempos e especialmente no Brasil, pela baixa história a 6% da Selic e a estabilização da inflação a 2,5% ao ano (dados do Banco Central).

Com conceitos arquitetônicos mais arrojados e soluções tecnológicas e amigas do meio ambiente, o mercado imobiliário começa a colocar os dois pés em uma nova era.

Uma nova era para o mercado imobiliário

Todo esse movimento não chega a ser novidade e tem sido acompanhado de perto por especialistas do setor. A pedido do Secovi-SP, por exemplo, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) esquadrinhou vários possíveis cenários futuros para o mercado imobiliário. Para isso foram levados em conta tanto variáveis demográficas como socioeconômicas.

Um dos resultados é a tendência de família menores: entre 2015 e 2025 o crescimento demográfico deverá passar de 11% ao ano para 0,7% a.a.

O resultado é fruto da redução da taxa de natalidade e o novo reagrupamento da sociedade em casais sem filhos e famílias unipessoais.

O interessante a notar é que a redução da taxa de nascimentos não implica na redução da taxa de formação de novas famílias – que, portanto, demandam mais unidades habitacionais.

Muito pelo contrário: enquanto a taxa populacional se mantém em 1,03% a.a., a de formação de famílias surge em ais do que o sobro (2,21% a.a.).

O que muda é justamente o perfil dos consumidores do mercado imobiliário, que é a geração moldada na tecnologia.

A autonomia levada pela internet, internet das coisas e inteligência artificial (I.A.) é imediata, gerando, por sua vez, usuários imediatistas – o que se reflete diretamente na sua jornada de compra e nas suas exigências de moradia.

Mais do que ter, o importante é usar. O mercado imobiliário começa, solidamente, a captar esse novo espírito e a transformá-lo em produtos e serviços que dialoguem com esse público.

Mas como esse perfil de jovens consumidores está influenciando na prática o mercado imobiliário?

O que tem mudado na prática no mercado imobiliário

As plantas dos novos lançamentos estão ficando mais enxutas e inteligentes. Dados da Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (Ademi-RJ) mostram que já houve uma redução de 17,9% na área média dos apartamentos de dois quartos – e isso em 2013.

Hoje, na prática, o que se vê é um mercado imobiliário que aposta cada vez mais na integração de espaços e em áreas mais práticas e funcionais.

É a geração do aconchego dos rooftops bem solucionados, da tecnologia utilizada no dia a dia, da grande oferta de serviços nos condomínios e de áreas de lazer cada vez mais variadas. É o consumidor que se importa mais com o estar do que com o ter.

Pesquisa daLenEdu exemplifica bem esse ponto de vista. Segundo ela, 72% das pessoas entre 20 e 35 anos preferem gastar dinheiro com servidos do que com produtos. E o mercado imobiliário está atento a isso, tanto para fornecer imóveis para o mercado da moradia quanto do investimento.

Os imóveis na planta, por exemplo, têm sido uma grande preferência dos jovens investidores. Como investimento, as unidades são colocadas para locação tão logo as chaves são entregues. O valor do aluguel paga boa parte do financiamento.

As próprias plantas, por sua vez, também estão sofrendo modificações consideráveis no mercado imobiliário.

Ajustadas pelas preferências dessa nova geração, apresentam cada vez mais tecnologia digital integrada à rotina e personalização do projeto sem geração de custos adicionais.

Diferenciais se adequam ao novo público-alvo

A entrega de recursos adicionais, portanto, seja para o morador ou para o investidor, tem sido o diferencial de quem pretende sobreviver nesse novo mercado imobiliário.

É o fim das grandes salas de jantar e o berço das cozinhas de estar; a extinção das áreas de serviço e a consolidação da socialização no condomínio; a derrocada das paredes em prol da integração da funcionalidade sustentável com a estética caprichada.

Mudanças cada vez mais profundas e visíveis, tendências alavancadas por um novo perfil jovem do consumidor. É o mercado imobiliário mais uma vez fazendo História como marco das transformações da sociedade.

Continue acompanhando as tendências do mercado imobiliário e compartilhe conosco suas opiniões aqui nos comentários!

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